Indenizações pagas pelo DPVAT caem 9% no 1º semestre; casos de morte sobem 27%

Indenizações pagas pelo DPVAT caem 9% no 1º semestre; casos de morte sobem 27%

Sudeste concentrou maior incidência dos acidentes fatais.

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O número de indenizações pagas pelo Seguro Obrigatório, o DPVAT, caiu 9% no 1º semestre deste ano frente ao mesmo período de 2016. Os casos de indenizações por morte, no entanto, cresceram 27% na mesma comparação, informou a Seguradora Líder-DPVAT, responsável pela operação, nesta quarta-feira (2).

De janeiro a junho últimos foram pagas 192.187 indenizações contra 210.334 no mesmo intervalo do ano passado. Dessas 19.367 (10%) foram para famílias de mortos em acidentes.

“Seguindo as tendências dos anos anteriores, a motocicleta representou a maior parte das indenizações, 74%, apesar de representar apenas 27% da frota nacional. E os acidentes estão concentrados em um público muito jovem, entre 25 e 34 anos. Na última semana comemoramos o Dia do Motociclista e apresentar esses números nos deixa desolados”, diz Ismar Tôrres, diretor-presidente da Seguradora Líder-DPVAT.

Os pagamentos por invalidez permanente caíram 14%, somando 144.950 indenizações.

Os dados se referem a ocorrências no período e em anos anteriores, observado o prazo de 3 anos, a partir da ocorrência do acidente, para solicitar o benefício do Seguro DPVAT. Procurada pelo G1, a seguradora não informou qual foi o valor total pago no semestre.

Acidentes por tipo de veículo:

  • Motocicletas: 141.964 (74%)
  • Automóveis: 36.252 (19%)
  • Caminhões e picapes: 6.361 (3%)
  • Ônibus, micro-ônibus e vans: 3.497 (2%)
  • Ciclomotores (“cinquentinhas”): 4.113 (2%)

A estatística separa os ciclomotores, as chamadas motos “cinquentinhas”, que têm um valor específico do seguro.

A maioria das indenizações foi paga na Região Nordeste, mas a maior parte dos acidentes com mortes ocorreu no Sudeste (35%). O Nordeste teve 31% das fatalidades, tendo maior participação das motocicletas nessa estatística, informou a seguradora.

Indenizações por região:

  • Nordeste – 61.510 (32%)
  • Sudeste -56.373 (29%)
  • Sul – 37.722 (20%)
  • Centro-Oeste – 19.867 (10%)
  • Norte – 16.715 (9%)

A maior incidência de indenizações pagas foi para vítimas do sexo masculino (75%) e a faixa etária mais atingida foi a de 25 a 34 anos.

Tabela do DPVAT 2017 (sem considerar taxa e imposto)

Com a redução nas indenizações nos últimos anos, o Seguro DPVAT ficou mais barato em 2017. Veja os valores cobrados, antes da inclusão de taxa e imposto.

  • Automóveis: R$ 63,69
  • Motocicletas: R$ 180,65
  • Caminhões e caminhonetes: R$ 66,66
  • Ônibus e micro-ônibus com cobrança de frete e lotação de mais de 10 passageiros: R$ 246,23
  • Ônibus e micro-ônibus sem cobrança de frete ou lotação de até 10 passageiros, com cobrança de frete: R$ 152,67
  • Ciclomotores de até 50 cilindradas (“cinquentinhas”): R$ 81,90

O valor de indenizações não mudou em relação a 2016. Ela é de R$ 13.500 por morte, de até R$ 13.500 por invalidez permanente e de até R$ 2.700 para despesas médicas.

A seguradora disse ter mapeado 7.089 tentativas de fraude no 1º semestre, evitando perdas de R$ 90,4 milhões. A arrecadação com o seguro obrigatório somou R$ 3,9 bilhões de janeiro a junho. Desse montante, 45% é destinado ao SUS (Sistema Único de Saúde), o que corresponde a aproximadamente R$ 1,8 bilhão, e outros 5% (cerca de R$ 197 milhões) vão para o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito).

O que é DPVAT

O seguro DPVAT (Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de Via Terrestre) cobre casos de morte, invalidez permanente ou despesas com assistências médica e suplementares (DAMS) por lesões de menor gravidade causadas por acidentes de trânsito em todo o país.

O recolhimento do seguro é anual e obrigatório para todos os proprietários de veículos.

A data de vencimento é junto com a do IPVA, e o pagamento é requisito para o motorista obter o licenciamento anual do veículo.

O pedido de indenização pode ser feito, gratuitamente, em pontos oficiais de atendimento por todos os municípios brasileiros, como as agências dos Correios. O prazo para entrar com o pedido é de até 3 anos, contados a partir da data do acidente.

Fonte: G1

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