CNH: números de habilitação AB, que vinculam moto e carro, crescem 64%
De acordo com dados da Secretaria Nacional de Trânsito – Senatran, somente no último ano foram 28,1 milhões de carteiras AB emitidas.
No período de 2013 a 2022, entre todas as categorias da Carteira Nacional de Habilitação – CNH existentes, a AB – que permite conduzir motos e carros, respectivamente, foi a que registrou o maior crescimento. Conforme dados da Secretaria Nacional de Trânsito – Senatran, somente no último ano foram 28,1 milhões de carteiras AB emitidas. O número de CNH AB é 64,3% maior que dez anos atrás.
De acordo com a Secretaria, este crescimento resulta do aumento da procura por motos em detrimento ao carro, tanto devido ao preço dos combustíveis, quanto pelos revezes do trânsito congestionado. O levantamento apontou que, somente no ano de 2022, 1,36 milhão de motos foram emplacadas, maior volume desde 2014.
Categorias de CNH
- A – Para conduzir veículo motorizado de duas ou três rodas, com ou sem carro lateral.
- B – É utilizada para dirigir veículos motorizados não abrangidos pela categoria A, cujo peso total não exceda 3.500 kg e a lotação máxima não supere oito lugares, excluindo o motorista.
- C – Permite conduzir os veículos abrangidos pela categoria B e também aqueles utilizados em transporte de carga cujo peso bruto total (veículo+carga) supere os 3.500 kg.
- D – Abrange os veículos inseridos nas categorias B e C e também os veículos com lotação superior a oito lugares, excluído o motorista.
- E – Permite dirigir combinação de veículos em que a unidade tratora se enquadre nas categorias B, C ou D e cuja unidade acoplada, reboque, semirreboque, trailer ou articulada tenha 6.000 kg (seis mil quilogramas) ou mais de peso bruto total, ou cuja lotação exceda a 8 (oito) lugares.
Perspectivas do cenário de aumento da CNH AB
Os dados da Senatran mostram que o mercado de motos permanece aquecido. Apenas no primeiro semestre de 2023, por exemplo, houve o registro, em torno, de 780 mil unidades emplacadas. Este é o maior número para o período em 11 anos, fazendo com que as fábricas de motos até revisassem para cima suas projeções. A estimativa é que o mercado absorva 1,51 milhão de unidades ainda este ano.
O levantamento também apontou que as CNHs da categoria A, totalizaram 36,9 milhões de emissões. A alta é de 34,1% sobre 2013.
De acordo com a secretaria, 24% dessas habilitações foram tiradas por mulheres. Além da AB, outras duas categorias de CNHs associadas à categoria A anotaram alta: AD (+23%) e AE (+48%). A AC recuou 36,6%.
CNHs profissionais
Dentre as CNHs profissionais (C, D e E), o estudo apurou que somente as CNHs da categoria E tiveram aumento nas emissões, sendo, em 2022, 678,1 mil, 5,1% a mais.
A justificativa, segundo o estudo, pode estar no aumento da demanda pelo transporte de carga por carretas, que exige a categoria E. Além disso, os caminhões desse tipo são maioria, algo fácil de comprovar pela necessidade por implementos rodoviários.
Para se ter uma ideia, em 2022, 54% desses equipamentos eram carretas e 46%, baús e outros equipamentos montados direto sobre o chassi dos veículos que podem ser conduzidos com carteira C, cuja emissão recuou 46,6% e a D, 21,7%.
ACCs
Por fim, outro número revelado pela Senatran foi a baixa procura pelas Autorizações para Conduzir Ciclomotores – ACCs. Ao longo de todo o ano de 2022, por exemplo, houve a expedição de apenas 2.969 unidades.
De acordo com a secretaria tal desinteresse ocorre porque as ACCs só servem para pilotar ciclomotores. Estes modelo possui velocidade máxima de 50 km/h e motor elétrico ou a gasolina, com cilindrada até 50 cc. Logo, devido à limitação de uso, o consumidor opta pela categoria A, que permite a condução de qualquer tipo de moto, sem restrição de cilindradas.
Fonte: Portal do Trânsito