Mitos e verdades sobre o óleo do motor

Mitos e verdades sobre o óleo do motor

Pode misturar? Ficar preto com o uso é normal? Devo trocar o óleo com o motor quente? Tire todas as suas dúvidas!

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É de conhecimento dos proprietários de veículos que o óleo do motor deve ser trocado regularmente. Contudo, o prazo de troca e o tipo de óleo a ser usado variam de acordo com o modelo. Em geral, a troca do óleo deve ser feita uma vez por ano ou a cada 10.000 km. E sempre que fizer a troca, substitua também o filtro de óleo do motor.

Contudo, essa regra se aplica aos óleos sintéticos. Para óleos minerais, é recomendada a troca a cada seis meses ou 5.000 km, com o filtro substituído a cada duas trocas. Na dúvida, consulte sempre o tipo de óleo e os prazos de troca indicados no manual do proprietário do veículo.

E se eu não trocar?

E por que é importante fazer isso periodicamente? Porque o óleo é responsável por lubrificar os componentes do motor, reduzindo o atrito entre as peças e consequentemente o desgaste das mesmas, melhorando a eficiência do motor.

Se o óleo não for trocado, o contato com o calor do motor e a contaminação com sujeira e detritos, além da alteração da sua viscosidade com o tempo, fazem com que ele perca essa função. E aí o custo de reparo do motor vai sair bem mais caro do que as trocas regulares. Mas existem outras dúvidas comuns que o iCarros ajuda a esclarecer com as dicas da fabricante de lubrificantes Total.

Veja a seguir os mitos e verdades sobre o óleo do motor:

1. Óleo de qualidade não envelhece e pode ser usado por muitos anos – MITO
Todos os lubrificantes possuem um período de troca pré-determinado e informado no manual do proprietário, que deve ser seguido à risca. O que varia é que esse prazo pode ser estipulado em função da quilometragem ou por um período específico de uso. Sempre respeite o que ocorrer primeiro.

2. O óleo recomendado pelo fabricante é sempre a melhor opção – VERDADE 
É fundamental seguir o tipo especificado no manual do veículo, que indica as características técnicas a serem seguidas como viscosidade e nível de desempenho do lubrificante. A viscosidade está sempre identificada na embalagem pelo número SAE. Quanto maior a numeração, mais viscoso é o óleo. Já o nível de performance é identificado pelas siglas API, ACEA e ILSAC.

Atualmente, visando reduzir o consumo de combustível e as emissões de gases poluentes, os novos veículos estão adotando óleos com baixa viscosidade que fluem mais rápido e diminuem o desgaste do motor na partida – quando o motor trabalha a seco por alguns segundos.

3. Todos os óleos podem ser usados em qualquer tipo de motor – MITO 
A Total destaca que os lubrificantes não são todos iguais, já que existem diferenças de viscosidade e no pacote de aditivos. Por isso, cada modelo de veículo possui uma especificação que deve ser seguida, sempre descrita no manual do proprietário.

4. Não posso misturar óleo sintético ou semissintético ao mineral – DEPENDE 
Não é recomendado fazer essa mistura, que gera um desbalanceamento do óleo e, em alguns casos, perda de viscosidade e aditivação. Ou seja, o óleo perde a sua eficácia, reduzindo a lubrificação das peças. Contudo, em casos de emergência, a mistura pode ser realizada. Mas apenas em emergências. Depois é recomendado sangrar o sistema e fazer a substituição total do óleo.

5. Não existe diferença entre óleos para carro e moto – MITO 
Embora lubrificantes para carros e motos sejam semelhantes, eles não possuem a mesma aditivação. Nas motos, a aditivação é diferenciada em função de a embreagem ser lubrificada pelo óleo de motor. Por isso, usar óleo de carros em motos pode ocasionar problemas na embreagem desta.

6. Aditivos melhoram o desempenho do motor – VERDADE 
Mas aqui é importante destacar que os óleos lubrificantes já vêm aditivados, sendo importante seguir a especificação do manual do proprietário. Os aditivos avulsos não são recomendados pelos fabricantes, pois seu uso pode desbalancear a formulação do óleo, ocasionando borra ou, em casos extremos, lubrificação ineficiente do motor.

7. Posso utilizar qualquer tipo de lubrificante em carros antigos – MITO 
Carros antigos com a manutenção em dia – mesmo que com alta quilometragem – devem usar o mesmo lubrificante recomendado no manual do veículo. Por outro lado, veículos que estejam queimando óleo e esfumaçando devem usar óleos com maior viscosidade.

8. O motor deve estar frio na hora de verificar o nível e quente na hora da troca – VERDADE 
Para medir o nível do óleo, é necessário esperar ao menos 10 minutos após estacionar o veículo para que o óleo retorne ao cárter, fazendo com que a leitura seja mais precisa. E não se esqueça de que o nível correto é entre o máximo e o mínimo da vareta. Já na hora da troca, é importante que o motor esteja quente, pois assim o produto flui com mais facilidade e carrega com ele a sujeira do motor para que a troca seja realizada rapidamente.

9. Óleo bom é aquele que não baixa o nível e não precisa de reposição e nem fica preto – MITO
É normal que o nível do lubrificante baixe um pouco durante o uso, pois no momento da lubrificação do pistão, um pequeno volume de óleo é “queimado” juntamente com o combustível. Mas a redução esperada é pequena. Por isso, é preciso ficar atento se o nível do óleo apresentar grande variação, o que pode indicar um problema mecânico ou vazamento. E se o lubrificante ficar preto com o uso, é sinal de que ele está cumprindo corretamente sua função, removendo as impurezas do motor. Daí a troca regular ser importante.

Fonte: ICarros

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